Projeto da UEM desenvolve jogo de cartas sobre povos ribeirinhos da Amazônia

Projeto da UEM desenvolve jogo de cartas sobre povos ribeirinhos da Amazônia

Iniciativa foi apresentada na manhã de terça (30), em mais uma das atividades do Paraná Faz Ciência, em Guarapuava

 

Um grupo de pesquisadores paranaenses desenvolveu um jogo sobre o enfrentamento das mudanças climáticas de povos amazônicos ribeirinhos. A foi a temática de uma das oficinas realizadas durante a manhã de terça (30), segundo dia de atividades do Paraná Faz Ciência, evento que em 2025 acontece em Guarapuava. 

Marcela Batista, doutoranda em Biologia, e Heitor Leandro, graduando em Biologia, ambos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), compartilharam a pesquisa que estuda a sobrevivência de uma população que mora em casas flutuantes e palafitas.

Os dois estudantes fazem parte de um projeto que realiza expedições até comunidades da Amazônia. A primeira delas foi voltada à coleta de dados da população afetada por condições climáticas extremas, como a cheia dos rios e a seca intensa. O grupo reuniu informações sobre as condições ambientais, socioeconômicas e culturais de centenas de ribeirinhos e realizou oficinas participativas com a comunidade. 

Com base nesses dados, os bolsistas desenvolveram um jogo informativo que aborda o dia a dia da população. As cartas apresentam problemas como grilagem, além de peixes e água como moeda de troca. Sem vencedores ou perdedores, a ideia é educar de forma lúdica. 

Da teoria à prática da mudança

Além da primeira expedição, os estudantes decidiram voltar para conhecer a população e buscar entender as melhores formas de apresentar esses resultados da pesquisa para eles, fazendo com que a coleta de dados dê frutos reais no dia a dia daquelas pessoas. 

“Dessa vez nós fomos pra entender como eles querem que a gente leve esses resultados para eles, de uma forma que seja interessante para todos os grupos, como pescadores, mulheres, crianças”, aponta Marcela, que participou da segunda viagem.

O objetivo é utilizar a ciência para reduzir os efeitos das mudanças climáticas e fortalecer a capacidade de adaptação frente aos desafios cada vez maiores provocados pelo aumento das temperaturas e pela irregularidade das chuvas, que influenciam diretamente o nível e o volume de água dos rios. 

“Foi a experiência da minha vida. Acho que todo brasileiro sonha um pouco em conhecer a Amazônia e estar lá como bióloga foi uma realização”, afirma. 

A viagem faz parte do projeto Amazônia+10, iniciativa nacional que apoia a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico na região.

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