Curricularização da Extensão nas Universidades Públicas do Paraná é tema de roda de conversa

Curricularização da Extensão nas Universidades Públicas do Paraná é tema de roda de conversa

Integração de atividades de extensão nos currículos de graduação busca aproximar universidades e sociedade, com foco em ensino, pesquisa e redes colaborativas

A curricularização da extensão é o processo pelo qual atividades de extensão universitária passam a integrar formalmente os currículos dos cursos de graduação. Todas as universidades brasileiras já contam com um currículo com a extensão presente no seu cotidiano. Por isso mesmo, o Paraná Faz Ciência trouxe novos olhares sobre a extensão no Paraná.

O objetivo da curricularização é aproximar os estudantes de situações práticas e demandas da sociedade, permitindo que o conhecimento acadêmico seja aplicado em contextos reais. Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a implementação foi explicada pela professora Beatriz Gomes Nadal. “A curricularização permite que o estudante vivencie situações concretas e entenda como o conhecimento acadêmico se aplica em diferentes contextos”.

Outro exemplo veio da Universidade Estadual de Londrina (UEL), em que foram criadas orientações para docentes e discentes sobre a integração da extensão nos cursos. A professora Zilda Andrade explica que a UEL, enquanto universidade, vê que é necessário integrar atividades de extensão dentro do currículo para que elas tenham acompanhamento e registro formal.

Mesa de debate registra presença de docentes e coordenadores das IES.
Imagem: Ana Franco

 

O fortalecimento das redes colaborativas de ciência, tecnologia e inovação tem sido apontado como estratégia para ampliar o alcance das ações de extensão. A cooperação entre universidades, institutos de pesquisa, órgãos públicos e organizações sociais permite compartilhar metodologias, experiências e recursos, conectando iniciativas locais a projetos de maior abrangência.

Ainda assim, há desafios para o efetivo sucesso da curricularização da extensão, que incluem:

  • mudanças no conceito de aula e sala de aula;
  • adequação dos PPCs sem alterar excessivamente a carga horária;
  • definição de critérios de avaliação e certificação das atividades;
  • disponibilidade de recursos humanos e financeiros;
  • integração permanente da extensão às demais funções acadêmicas;
  • necessidade de mexer na zona de conforto em atividades.

Momentos como o Paraná Faz Ciência permitem que as universidades públicas do Paraná continuem revisando currículos e implementando projetos de extensão, com a expectativa de que, nos próximos anos, a curricularização seja incorporada de forma estruturada, garantindo integração entre ensino, pesquisa e demandas da sociedade.

Por Ana Paula Campos

 

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