
Roda de Conversa aborda perspectivas para mulheres na ciência e tecnologia
Integrando a programação do Paraná Faz Ciência, a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) promoveu nesta quarta-feira (1°), no Câmpus Cedeteg, a Roda de Conversa “Paraná Faz Ciência com Elas: Diálogos Inspiradores em STEM”.
O encontro reuniu profissionais de diferentes áreas para compartilhar trajetórias, desafios e conquistas, incentivando jovens mulheres a seguir carreira em STEM – sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. A atividade faz parte do projeto de extensão “Mulheres que Somam”, fomentado pelo CNPq e desenvolvido pela universidade.
As convidadas foram Cinthya Maria Aragão Massene, técnica e bacharel em Química, especialista em gestão da produção, atuante no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa Santa Maria Papel e Celulose, e Bruna Garais, engenheira de alimentos, especialista em gestão de projetos e metodologias ágeis, mestre em ciência e tecnologia de alimentos e atual analista da qualidade e gestora do programa de melhoria contínua Círculos de Controle de Qualidade na Cooperativa Agrária.
Também participou do encontro a gerente de projetos de tecnologia da Santa Maria, Moema Rodrigues França, que em 2024 conquistou o 2º lugar na etapa estadual do Prêmio Educador Transformador, promovido pelo Sebrae, em reconhecimento às suas iniciativas de impacto na educação. Para ela, retornar à universidade onde iniciou sua trajetória teve um significado especial. “Eu sou da primeira turma de Análise de Sistemas da Unicentro, então para mim é uma alegria muito grande participar desse evento. Hoje vim falar um pouco da minha profissão e, principalmente, incentivar as mulheres a ingressarem e continuarem na carreira da área de exatas e tecnologia”, afirmou Moema.
Ela recordou que o início da caminhada não foi fácil, já que, há mais de 25 anos, as oportunidades eram escassas, principalmente em Guarapuava. Ainda assim, manteve-se ligada à área de tecnologia, seja como professora no ensino superior, médio e técnico, ou em projetos de inovação. “A tecnologia é um campo muito amplo. No início atuei como programadora, depois migrei para a gestão e hoje estou na área de projetos. Nem sempre será só sobre programar. Existem muitos caminhos: inovação, gestão, ensino, pesquisa. O importante é entender que há espaço e oportunidades”, destacou a gerente de projetos.
Além de Moema, as falas de Cinthya e Bruna trouxeram exemplos de trajetórias de sucesso, reforçando a diversidade de caminhos possíveis em STEM.
A aluna de Desenvolvimento de Sistemas do Colégio Estadual Francisco Carneiro Martins, Gabriela Camargo Ferreira Duarte, de 15 anos, relatou como o “Mulheres que Somam” tem contribuído para sua vida estudantil e pessoal. “Quando cheguei, fui muito bem acolhida pelas mulheres do projeto. Elas incentivam e ajudam muito, de uma forma simples, mas que muda nossa vida no dia a dia. Isso dá coragem para seguir e inspira outras meninas a também entrarem na área”, relatou.
A coordenadora do curso de Big Data e participante do projeto, professora Carolina Paula de Almeida, reforçou a relevância da ação. “O objetivo é mostrar às meninas que o lugar delas também é na ciência, na engenharia, na tecnologia e na matemática. Temos visto nossas alunas mais motivadas e também meninas de fora procurando participar. Esse espaço se tornou uma referência para elas, um lugar seguro onde podem conversar, se apoiar e se inspirar para trilhar suas carreiras”, finalizou a docente.
Por Poliana Kovalyk