Ciência e inovação contra a crise climática pautam palestra de abertura do Paraná Faz Ciência 2025

Ciência e inovação contra a crise climática pautam palestra de abertura do Paraná Faz Ciência 2025

Francisco Mendonça destacou os riscos dos eventos climáticos extremos e a urgência de transformar conhecimento científico em ações concretas

O Paraná Faz Ciência 2025 trouxe, na noite de terça-feira (30) uma importante mensagem sobre um dos maiores desafios da humanidade: a crise climática. A conferência de abertura, ministrada pelo professor Francisco Mendonça, referência em Climatologia e Geografia Socioambiental, trouxe como tema o próprio título do evento, “Ciência, Tecnologia e Inovação na Ação contra a Mudança Global do Clima”.

Atualmente professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e professor visitante da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mendonça destacou a responsabilidade da ciência na busca de soluções para um problema que já impacta diretamente a vida cotidiana. “Estamos diante de uma das maiores ameaças à vida no planeta, não apenas à espécie humana, mas a todos os seres vivos. É um momento limite da história da humanidade”, afirmou

Na palestra, que ocorreu presencialmente no Centro de Eventos Cidade dos Lagos, em Guarapuava, e transmitida ao vivo pelo youtube, o pesquisador lembrou que fenômenos extremos recentes, como enchentes no Rio Grande do Sul, secas severas na Amazônia e ondas de frio e calor no Paraná, evidenciam a aceleração das mudanças climáticas. Segundo ele, o papel da ciência é fundamental não só para compreender esses processos, mas também para prevenir e reduzir seus impactos. “O conhecimento científico deve apontar caminhos para que os danos sejam menores. Já estamos atrasados, mas nunca é tarde para agir”, reforçou.

Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPI) Emergência Climática

Mendonça é articulador do NAPI Emergência Climática, uma rede que reúne pesquisadores de diferentes áreas, com apoio da Fundação Araucária e de secretarias estaduais. A iniciativa busca não apenas produzir ciência, mas também transformar resultados em ações práticas junto à sociedade, envolvendo escolas, comunidades vulneráveis, setor empresarial e poder público.

De acordo com o professor, a escolha do tema central do Paraná Faz Ciência 2025 fortalece a divulgação desse trabalho e amplia a sensibilização social. “A mudança climática tangencia praticamente todas as áreas da ciência. Ao trazer esse debate para o evento, o Paraná se conecta à discussão global e contribui com conhecimento e inovação para enfrentar o problema”, disse.

O Paraná Faz Ciência é um evento aberto à toda a comunidade e recebe diariamente centenas de jovens da educação básica e universitária. Por isso, em sua fala, Mendonça incentivou às novas gerações que participam do evento a reconhecer a gravidade dos cenários projetados para os próximos 50 a 100 anos, sem esquecer de encarar o futuro com coragem e protagonismo. “Os jovens são ousados, têm energia e representam a mudança. O futuro ainda está em aberto, e sempre há chance de construir alternativas. Não é romantismo, é responsabilidade. Precisamos transformar padrões de consumo, de desenvolvimento e de progresso. Com a força da juventude, ainda há esperança”, concluiu.

A palestra ocorreu presencialmente no Centro de Eventos Cidade dos Lagos, em Guarapuava, e foi transmitida ao vivo pelo YouTube.

Por Caroline Albertini

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