
Estudantes apresentam mais de 50 projetos na 5ª Jornada Educatech em Guarapuava
Evento integra a programação do Paraná Faz Ciência e incentiva inovação, tecnologia e ciência para estudantes de Guarapuava e região centro-sul
A 5ª edição da Jornada Educatech, realizada em Guarapuava, integra a programação estadual do Paraná Faz Ciência e se consolida como um espaço de incentivo à ciência, tecnologia e inovação. A atividade, organizada pelo Núcleo Regional de Educação, pelas instituições de ensino superior do município e pelo Cilla Tech Park, reúne escolas públicas e privadas de Guarapuava e de cidades vizinhas, promovendo o protagonismo estudantil e estimulando a criatividade.
Neste ano, foram mais de 200 projetos inscritos, dos quais 100 foram selecionados para apresentação presencial no Paraná Faz Ciência. As iniciativas vão desde soluções para a área da saúde até propostas de sustentabilidade e energias renováveis, sempre com a criatividade e o olhar jovem voltados a transformar realidades.
Foto: Ana Júlia Franco
Segundo Isabela Queiroz, integrante da coordenação geral, o Educatech contribui de forma direta para a formação pessoal e profissional dos alunos participantes. “Eles estão desenvolvendo as soft skills, desde o trabalho em equipe, à criatividade, a comunicação, a liderança. Então não é um simples projeto, aqui eles estão desenvolvendo várias habilidades para o futuro deles”, afirma.
Entre as ideias apresentadas, o aluno Gustavo José Varela, do sexto ano do Colégio Estadual Ana Vanda Bassara, chamou atenção com uma caixa controladora de remédios. O dispositivo foi criado para auxiliar pessoas com deficiência visual, auditiva ou com Alzheimer a manter a regularidade no uso de medicamentos.
“É uma caixa que apita e brilha. Então, se a pessoa for surda, vai ter a luz; se for cega, vai ter o barulho. É uma forma de ajudar os idosos que não têm ninguém para chamar, ou que moram sozinhos, e que podem esquecer o horário de tomar remédio” explica Gustavo.

Gustavo demonstra como seu projeto funciona. Foto: Ana Júlia Franco
Outra equipe de estudantes, formada por Rafael Edaes, Ainoa Disner, Maria Valentina Fontoura e Davi Cruz de Souza desenvolveu a “Solaris Protector”, uma flor solar projetada para captar energia de forma mais eficiente. A proposta busca aliar inovação e sustentabilidade.
Para Ainoa, que participou da edição anterior do Educatech, o momento é de empolgação e compromisso social: “é muito legal expor esses projetos porque é uma coisa que pode ajudar o meio ambiente e ajudar, de fato, a sociedade”. Já para Maria Valentina, que vive a experiência pela primeira vez, essa é uma oportunidade de crescimento. “Eu me sinto muito bem aqui e acho uma experiência única. É importante colocar esses projetos em ação porque podem até surgir novas oportunidades”.
Equipe de alunos apresentam seu projeto durante a Jornada Educatech, no Paraná Faz Ciência. Foto: Ana Júlia Franco
A banca avaliadora, formada por professores e profissionais de diferentes áreas, acompanha de perto o desenvolvimento das propostas apresentadas pelos estudantes de escolas públicas e privadas da região. Um dos avaliadores, Carlos Eduardo Andrade, participa desde a primeira edição e ressalta a evolução dos trabalhos.
“Eu participo como avaliador desde o primeiro dia de Educatech, quando a gente tinha 30, 40 projetos. Então a gente vê que cada vez fica maior, os projetos ficam melhores, os professores se empenham para dar base para os alunos desenvolverem coisas legais e também os alunos estudam muito para estar aqui, eles encaram isso como uma competição de verdade”.
Programação
A Jornada Educatech segue até o dia 01 de outubro, quando acontece a premiação dos projetos. A programação completa do Paraná Faz Ciência está disponível nesta página.