
Paraná Faz Ciência: terceiro dia traz atividades para crianças e adultos em Irati
Na quarta-feira (1º), o 5º Paraná Faz Ciência teve programação também no Câmpus de Irati da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). O terceiro dia do evento científico estadual trouxe atividades que abordaram temas como saúde, gênero e infância.
O dia começou com a oficina “Popularizando saberes: jogos de gênero e sexualidade”, ministrada pela professora Ana Paula Müller de Andrade e por estudantes de Psicologia. Os oficineiros apresentaram diversos jogos educativos desenvolvidos dentro de uma disciplina do curso. “Os jogos surgiram como uma estratégia para dialogar com um público mais amplo sobre gênero e sexualidade, entendendo que são temáticas que devemos popularizar de diferentes maneiras. É uma forma de conversar sobre elas em outros contextos, não só no âmbito universitário”, explica a docente.
Ainda pela manhã, a mesa-redonda “As políticas públicas de saúde no Brasil e o impacto do VER-SUS na formação acadêmica” trouxe participantes de diferentes edições do Projeto Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) para compartilhar suas experiências. Participaram as estudantes de Psicologia Eleni Brito (Unicentro), Daniela Crestanello (UFRGS) e Helena Pincolini (UFRGS), além da psicóloga Nájila Camargo.
“Trouxemos um pouco sobre como foi vivenciar o projeto em épocas e locais diferentes. Foi muito interessante, conseguimos fazer uma roda de conversa, trazer diferentes perspectivas e mostrar para outros estudantes algo que é possível de participar ainda na graduação”, enfatiza Eleni, que conduziu a mesa.
À tarde, as professoras Juliana Galli e Michelly Cordeiro, do curso de Fonoaudiologia, ministraram a oficina “O brincar como dispositivo”. A atividade propôs resgatar brincadeiras como forma de facilitar atendimentos a crianças em qualquer área da saúde.
“O brincar faz parte da formação do terapeuta. E quando os alunos chegam ao 4º ano e começam a atender crianças, muitos têm dificuldades para conseguir se soltar no faz-de-conta, para escolher os brinquedos, os materiais. Então essa é uma proposta da extensão que a gente faz nos anos iniciais do curso para prepará-los para os atendimentos”, salienta a professora Juliana.
Já a mesa-redonda “Cartas na mesa: equidade em debate” foi promovida pelo PET-Saúde Equidade do Câmpus de Irati, coordenado pela professora Maria Angélica Binotto. O evento trouxe debates sobre gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiência, temas que vêm sendo trabalhados pelo grupo em intervenções com profissionais da saúde. “Discutimos essas temáticas e apresentamos as ações desenvolvidas pelo PET até então. Entre maio e julho, fizemos Grupos Tutoriais de Aprendizagem (GATs) em nove municípios, envolvendo aproximadamente 250 trabalhadores da saúde”, menciona a coordenadora.
No fim da tarde, a oficina de atividades circenses reuniu crianças para fazer malabarismos, acrobacias e brincar. “A ideia é proporcionar para elas experiências de movimento que envolvem as modalidades circenses. Na sexta-feira vamos ter outra atividade semelhante para atender especificamente crianças de um grupo da Apae de Imbituva”, afirma a professora Gláucia Kronbauer, coordenadora do projeto.
A programação no Câmpus de Irati encerrou à noite com apresentações culturais do Grupo Folclórico Ucraniano Brasileiro Vesselka, de Prudentópolis.
Por Paula Claro